No dia 12 de maio de 2023, em um processo movido pela AL Drones, o RPA DJI Matrice 30T, recebeu o certificado de autorização de voo experimental.
Essa documentação teve autorização da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil),que é a autoridade brasileira responsável pela aviação civil, e agora os RPAS DJI Matrice 30T, um dos drones mais populares e versáteis do mundo voltados para o serviço de inspeções de estruturas complexas, tem permissão para realizar voos BVLOS (Beyond Visual Line of Sight), ou seja, além do alcance visual do piloto.
A emissão do CAVE é um marco para o setor de drones no Brasil, pois é o primeiro equipamento da linha DJI Enterprise autorizado para realizar voos BVLOS. Com isso, será possível maximizar a capacidade dos drones, abrindo novas oportunidades para o mercado de inspeção.
A partir de agora, o Grupo DR1 poderá iniciar o projeto experimental de inspeção dos poços de petróleo da PRIO, a maior empresa de óleo e gás do Brasil. O objetivo do projeto é avaliar a viabilidade do uso de drones na realização dessas inspeções, o que pode trazer diversas vantagens em termos de eficiência e segurança.
Para isso, a equipe de drones irá embarcar na plataforma FPSO FRADE, localizada na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro. Essa plataforma é responsável pela produção diária de cerca de 50 mil barris de petróleo, o que a torna um local estratégico para a realização das inspeções.
Os voos serão realizados com o DJI Matrice 30T, que possui a capacidade de voar além do alcance visual do piloto (BVLOS). Para garantir a segurança das operações, a autorização para os voos deve cobrir um raio de 6,5 quilômetros ao redor da plataforma da PRIO.
Com essa iniciativa, espera-se que seja possível realizar inspeções mais precisas e detalhadas, o que pode contribuir para a melhoria da eficiência da produção de petróleo e gás no Brasil. Além disso, o uso de drones pode reduzir o risco de acidentes e lesões em trabalhadores que realizam essas atividades em plataformas offshore.A inspeção é um requisito obrigatório para a exploração de petróleo em offshore e tem como principal objetivo detectar vazamentos de óleo. Atualmente, as inspeções são realizadas por meio de embarcações. O uso de drones é esperado para melhorar a eficiência das inspeções, trazendo benefícios em termos de qualidade, tempo e redução de custos. O projeto, que será conduzido pelo Grupo DR1, atende aos requisitos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) para garantir a segurança da fauna e da flora marinha.
Para obter o CAVE do DJI Matrice 30T, a AL Drones trabalhou em estreita colaboração com a equipe da ANAC para garantir a segurança da operação da aeronave no ambiente offshore. “Foram apresentados diversos documentos, como análise de risco, descrição do protótipo e da estação de pilotagem remota, desenhos técnicos e manual de operações. Além disso, o projeto também contou com ensaios de voo e desenvolvimento de soluções de engenharia, necessárias para o cumprimento dos requisitos da ANAC para voo além do alcance visual”, explica o engenheiro de certificação da AL Drones, Matheus Mestrinelli.
Além da ANAC, o Grupo DR1 e a PRIO estiveram presentes em todos os momentos do processo, direcionando as demandas para as operações offshore, que são fundamentais para o entendimento completo do projeto experimental e dos tipos de missões que serão realizadas a partir de agora.
A emissão de CAVE é prevista no Requisito E94.503 do Regulamento Brasileiro de Aviação Civil RBAC-E N°94 e o processo ocorre de acordo com os requisitos da Instrução Suplementar IS N° E94.503-001 Rev C. Esse processo também é importante para tornar o ambiente dos drones profissionais ainda mais seguro e escalável, permitindo que um número maior de empresas e segmentos econômicos tenham acesso a ele.
A empresa AL Drones, que já realizou outros procedimentos para a emissão de Certificados de Autorização de Voo Experimental (CAVEs), inclusive para outro modelo da DJI – o Agras T30, voltado para pulverização -, utiliza a experiência da equipe de engenheiros e pilotos para aplicar conceitos consolidados na indústria aeronáutica no mundo dos drones profissionais. Desde 2017, já conduziu a Autorização de Projeto da ANAC de oito modelos de drones, incluindo a primeira autorização BVLOS do Brasil, além de possuir outros projetos em andamento para certificação.
Mais informações: https://mundogeo.com/2021/07/02/emitido-1o-cave-para-drone-de-pulverizacao-classe-2-no-brasil/
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